Terapia adjuvante: quais as recomendações?

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  • Mai. 2022
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  • La Roche-Posay

A maioria das sociedades internacionais emitem regularmente recomendações para o manejo da dermatite atópica. Apesar de não focarem em tratamentos médicos, as mais recentes evidências enfatizam a importância de terapia complementar e primeiramente o uso de hidratantes/emolientes para melhorar a função de barreira da pele.

Evolução das diretrizes entre 2003 e 2015:

  • ICCAD (Conferência Internacional de Consenso sobre Dermatite Atópica) – 20031: "Conforme a função de barreira da pele em pacientes com dermatite atópica for afetada, uma terapia adjuvante básica é essencial no manejo dessa doença, consistindo na aplicação regular de hidratantes adequados. Emolientes mantêm a pele hidratada e podem reduzir a coceira."
  • ICCAD (Conferência Internacional de Consenso sobre Dermatite Atópica) – 20062: "Uma característica chave da dermatite atópica é o ressecamento agudo da pele causado pela disfunção de barreira da pele com o aumento da perda de água transepidérmica. Isso é tipicamente acompanhado por um prurido intenso e inflamação. O uso regular de emolientes é importante para abordar esse problema e juntamente com a hidratação da pele, representa a base do manejo da dermatite atópica.
  • Grupo Ásia–Pacífico de Consenso sobre Dermatite Atópica – 20133: “Emolientes são cruciais para o manejo bem sucedido da dermatite atópica. Os emolientes podem conter tanto elementos oclusivos, que fornecem uma camada de lipídios na superfície da pele para desacelerar a perda de água e aumentar a umidade da pele, como umectantes que são substâncias introduzidas ao estrato córneo para aumentar a sua capacidade de retenção de umidade. A terapia regular com emoliente é um pilar importante na estratégia de manejo da dermatite atópica.
  • AAD (Academia Americada de Dermatite) – 20144: “Hidratantes deveriam ser parte integrante do plano de manutenção do tratamento dado seu baixo risco e sua capacidade hidratante; alguns podem também abordar os efeitos negativos da disfunção da barreira epidérmica.”
  • ETFAD (Força-tarefa Europeia sobre Dermatite Atópica) / EADV (Academia Europeia de Dermatologia e Venereologia) – 20155: “A dermatite atópica é associada às anomalias da barreira da pele que facilitam uma penetração mais fácil de alérgenos na pele com o aumento da suscetibilidade a irritação e subsequente inflamação cutânea. O uso de emolientes melhora o ressecamento e, subsequentemente, o prurido durante o tratamento da dermatite atópica e melhora também, sobretudo, a função da barreira.

No entanto, as informações e/ou recomendações fornecidas pelas instruções podem variar. O quadro abaixo mostra as diferenças:

Bibliografia

  1. Ellis C., Luger T. On behalf of the ICCAD II Faculty. International Consensus Conference on Atopic Dermatitis II (ICCAD II*): clinical update and current treatment strategies. Br J of Dermatol. 2003;148 (Suppl. 63):3-10.
  2. Akdis C.A., Akdis M.B., Bieber T. et al. Diagnosis and treatment of atopic dermatitis in children and adults: Academia Europeia de Alergologia e Imunologia Clínica/Academia Americana de Alergia, Asma e Imunologia/PRACTALL Consensus Report. J Allergy Clin Immunol 2006;118:152–69.
  3. Rubel D., Thirumoorthy T., Soebaryo R.W. et al. Grupo de Consenso Ásia-Pacífico para Dermatite Atópica. Consensus guidelines for the management of atopic dermatitis: An Asia–Pacific perspective. Journal of Dermatology 2013;40:1–12.
  4. Sidbury R., Tom W.L., Bergman J.N. et al. Guidelines of care for the management of atopic dermatitis: Section 4. Prevention of disease flares and use of adjunctive therapies and approaches. J Am Acad Dermatol. Dez de 2014;71(6):1218–33.
  5. Wollenberg A., Oranje A., Deleuran M. et al. Artigo de 2015 sobre a posição a respeito do eczema escrito pela ETFAD (Força-tarefa Europeia sobre Dermatite Atópica)/EADV (Academia Europeia de Dermatologia e Venereologia) a respeito do diagnóstico e tratamento de dermatite atópica em adultos e pacientes pediátricos. JEADV 2016;30:729-47.