E a pele das crianças?
A radiação solar tem efeitos biológicos mais pronunciados na pele de crianças que na pele de adultos. A pele das crianças, especialmente até os três anos de idade, tem uma concentração mais baixa de melanina e um estrato córneo mais fino, permitindo que as radiações UV penetrem mais profundamente e resultando em lesão por exposição à luz.2,3
Entretanto, foi mostrado que a dose eritematosa mínima (DEM) em crianças é igual à dos adultos.4
A epiderme de crianças pequenas é fina.
A camada de células basais é relativamente rica em células-tronco.
O UV atinge facilmente a papila dérmica e os capilares dérmicos, o que pode promover a fotoimunossupressão e a mutagênese induzida.4
Em recém-nascidos, a capacidade de desenvolver pigmentação (bronzeamento) após a exposição ao UV mostrou-se ocorrer dentro dos primeiros meses de vida (entre 30 e 45 dias).5
A vulnerabilidade aumentada da pele das crianças aos efeitos da exposição solar indica que as crianças e seus pais precisam ser devidamente educados sobre a fotoproteção, independentemente dos tipos de pele.
O que saber sobre a exposição ao UV?
A exposição solar durante a infância é um período crítico para o risco de câncer da pele mais tardiamente.
Ter queimadura de sol durante a infância praticamente dobra o risco de desenvolvimento de melanoma cutâneo na idade adulta.6
Crianças e adolescentes passam, em média, de 1,5 a 5,1 horas em atividades externas.7
O uso regular de protetor solar com FPS de, no mínimo, 15 durante os primeiros 18 anos de vida pode reduzir a incidência de carcinomas em células escamosas e basais da pele em até 78% durante a vida.1
Estima-se que, ao atingir 18 e 20 anos de idade, todos terão recebido entre 40% a 50% do UV cumulativo até os 60 anos.8
Como proteger as crianças da exposição ao UV?