Radiação solar
É o fator ambiental mais importante que leva ao envelhecimento extrínseco da pele. Seu efeito degenerativo na aparência facial já foi reconhecido no final do século XIX, através da comparação da pele de marinheiros e de fazendeiros com a pele dos trabalhadores de ambientes fechados.6
Estima-se que os efeitos da luz solar são os responsáveis por até 90% do envelhecimento visível da pele, particularmente naquelas sem proteção natural, associado aos níveis mais altos de melanócitos na pele.4
A radiação solar é responsável pela maioria das alterações relacionadas à idade, incluindo as rugas finas, a aspereza, a hiperpigmentação, os vasos sanguíneos dilatados e a perda do tom da pele.9
O chamado fotoenvelhecimento é a superposição desse dano solar no processo de envelhecimento normal.4
Radiação UV:A radiação UV afeta os queratinócitos epidérmicos e os fibroblastos dérmicos.8
O indicador histológico do fotoenvelhecimento por UV é a elastose dérmica, que consiste em estruturas de elastina engrossadas, entrelaçadas e, por fim, amorfas. A magnitude da acumulação progressiva das fibras elásticas depende do grau de exposição solar.7
Ela aumenta os peróxidos de hidrogênio e outras EROs.
E diminui as enzimas antioxidantes
Além disto, a radiação acelera muitos aspectos fundamentais do processo de envelhecimento cronológico da pele humana.1
Apesar de o efeito primário dos danos por UV ser o espessamento da pele, danos mais visíveis têm como maior resultado, o afinamento da pele. A exposição ao UV cria um estado de inflamação crônica, com uma contínua liberação de enzimas proteolíticas por células inflamatórias, destruindo a matriz dérmica. Observou-se que pele irradiada teve sua capacidade de resposta inflamatória diminuída. A luz UV também reduziu a quantidade de células de Langerhans epidérmicas, ao mesmo tempo em que induziu a proliferação de células T supressoras, facilitando a indução de tumores. Adicionalmente, a vitamina A é destruída pela exposição solar, apesar de a concentração de plasma do retinol aumentar com a idade dentro da epiderme.4
Luz visível e radiação IR:Pensava-se que elas causavam um impacto mínimo na pele, para além da sensação de calor causada pela radiação IR, mas agora sabe-se que a luz visível (400-740 nm) e a IR induzem a degradação da matriz dérmica, modificam a composição lipídica do estrato córneo e modulam a pigmentação da pele.
Tabagismo
Em 1971, foram encontradas relações contundente entre o tabagismo e rugas.6
O tabagismo acelera os sinais do envelhecimento da pele, aumentando a indesejável aparência de "cara de velho", diminui a força cutânea e debilita a cicatrização de feridas e a regeneração do tecido conjuntivo, além de desacelerar a regeneração epidérmica.2
A relação entre o tabagismo e o envelhecimento da pele parece ser mediada por meio de uma expressão mais alta do mRNA MMP-1 e MMP-3, mas não de seus inibidores específicos, e também há uma diminuição dos colágenos I e III. O tabagismo parece também estar associado ao aumento da elastose independentemente do sexo, indicando percursos moleculares que vão além da indução da expressão MMP-1.6
Clinicamente, a pele danificada pelo tabagismo tem uma aparência acinzentada e desgastada.1
O tabagismo causa danos à pele: primeiramente pela diminuição do fluxo sanguíneo capilar na pele, o que, por sua vez, causa uma privação de oxigênio e de nutrientes nos tecidos cutâneos.
Foi demonstrado que os fumantes têm menos fibras de colágeno e elastina na derme, o que faz com que a pele se torne flácida, endurecida e menos elástica. Fumar causa danos no colágeno e na elastina do tecido pulmonar, e também pode causar o mesmo na pele. Adicionalmente, a constrição da vasculatura por nicotina pode contribuir para o aparecimento de rugas. Fumar aumenta a displasia dos queratinócitos e a aspereza da pele. Foi demonstrada uma relação clara entre a dose e a resposta para as rugas e o tabagismo, com o tabagismo sendo um contribuinte ainda maior que o sol para as rugas faciais.4
Fumar também aumenta a formação de radicais livres e é um importante fator de risco de carcinoma de células escamosas cutâneas.
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Nota: o tabagismo é um fator de risco independente para rugas prematuras mesmo quando a idade, a exposição solar e a pigmentação estão controladas. Foi mostrado que as pontuações de rugas são três vezes maiores em fumantes do que em não fumantes, com um aumento significativo no risco de rugas após os 10 maços ano (maços ano são calculados multiplicando o número de maços de cigarros fumados por dia pelo número de anos que a pessoa fumou).4,6