Mecanismos de envelhecimento da pele: estado da arte em 2017

  • 25min
  • Mai. 2022
  • Desenvolvido por
  • La Roche-Posay

O processo de envelhecimento afeta todos os órgãos e enfraquece o funcionamento do sistema nervoso central, dos sistemas imunológico, endócrino e cardiovascular, e também a pele.

A deterioração dos mecanismos adaptativos e homeostáticos ou hemodinâmicos leva à suscetibilidade a estresses ambientais ou intrínsecos ao indivíduo, aumentando a probabilidade de doenças e morte.1

O envelhecimento é um processo biológico complexo no qual:

  • determinantes de envelhecimento intrínseco ou geneticamente programado ocorre com o tempo
  • determinantes extrínsecos causados por fatores ambientais
  • levam à perda progressiva de integridade estrutural e função fisiológica.2-4

O envelhecimento intrínseco ocorre como consequência natural de alterações fisiológicas ao longo do tempo, relacionadas à genética, porém variáveis.

Os fatores extrínsecos são, nos mais variados graus, controláveis e incluem a exposição à luz do sol, poluição ou nicotina, movimentos musculares repetitivos (por exemplo, comprimir os olhos ou franzir o rosto) e uma miscelânea de fatores relativos ao estilo de vida (por exemplo, alimentação, posição de dormir ou saúde geral).4

Em conjunto, esses fatores levam à alterações cumulativas da estrutura, função e aparência da pele.1 Assim como as alterações na estrutura e função cutâneas, sendo sua aparência o principal marcador observável do processo geral de envelhecimento. Sendo assim, nossa aparência física em idade avançada é importante para nosso bem-estar emocional, mental e psicossocial.2

Mecanismos de envelhecimento da pele

Apesar de serem bem distintos em seus mecanismos biológicos, bioquímicos e moleculares, ambos os processos resultam em grandes alterações das fibras elásticas.7


Envelhecimento intrínseco e extrínseco da pele: qual a diferença?


Ambos os processo levam à sinais característicos de envelhecimento da pele.6



Envelhecimento intrínseco

O envelhecimento intrínseco da pele é um processo biológico dependente do tempo, que leva a mudanças graduais na estrutura e função de todos os tecidos. Essas modificações tendem a diminuir a capacidade da responsividade adaptativa e cicatrização de feridas, aumentando assim sua suscetibilidade para desordens e morte.8

Adicionalmente aos fatores intrínsecos, o envelhecimento cronológico é controlado por meio de mecanismos epigenéticos e é afetado por fatores ambientais, considerando esse processo biológico como sendo um fenômeno multifatorial complexo.8

As alterações intrínsecas ocorrem em todas as peles, incluindo diminuição em:

  • Renovação
  • Limpeza química
  • Espessura e celularidade
  • Termorregulação
  • Proteção mecânica
  • Resposta imunológica
  • Percepção sensorial
  • Produção de sebo e suor
  • Reatividade vascular

Essas mudanças representam uma atrofia generalizada, com poucas alterações estruturais até os 50 anos de idade e seguidas de uma deterioração lenta.4

Com o processo de envelhecimento intrínseco, a pele se apresenta ressecada e pálida, com rugas que mostram um certo grau de flacidez e vários neoplasmas benignos.



Envelhecimento extrínseco

Em contraste, o envelhecimento extrínseco da pele é caracterizado por alterações morfológicas e fisiológicas marcantes, levando geralmente ao envelhecimento prematuro. As manifestações mais visíveis do envelhecimento extrínseco da pele são as rugas ásperas, a elastose solar e as irregularidades de pigmentação. Esses sinais se sobrepõem aos sinais do envelhecimento intrínseco da pele em áreas cronicamente expostas do corpo.6,9

Com o aumento da idade ocorre a atrofia da matriz dérmica, incluindo uma redução da deposição dos colágenos dos tipos I e III.2

Porém, a característica comum associada à idade em ambos os processos é a perda das funções normais da fibra elástica, que talvez explique bem algumas das manifestações do envelhecimento cutâneo, incluindo o enrugamento e a flacidez da pele, com uma perda de sua capacidade de resiliência e elasticidade.7

O envelhecimento intrínseco quanto o extrínseco têm o mesmo resultado, que é o declínio das funções fisiológicas da pele, é tentador pensar que o envelhecimento extrínseco acelera o processo de envelhecimento intrínseco.2



O envelhecimento da pele do ponto de vista celular

Considera-se que vários mecanismos acionam o processo de envelhecimento primário e, logo, contribuem para as alterações relacionadas à idade em respostas farmacológicas e adaptativas.1

  • Estresse oxidativo: O envelhecimento é associado a danos por radicais livres causados por várias espécies reativas do oxigênio (EROs), geradas em quantidades excessivas e que alteram a estrutura dos genes e das proteínas.1,3
    Adicionalmente, os níveis de antioxidantes geralmente produzidos na pele são reduzidos com a idade.3
  • Disfunção mitocondrial: Dentro da mitocôndria, a acumulação de mutações somáticas em seu DNA, induzidas pela exposição às EROs, leva a erros nos polipeptídeos codificados pelo DNA.1
  • Senescência e telômeros celulares: Após um número finito de divisões, as células da pele entram em um estado de senescência de replicação, com uma parada na divisão celular. Uma explicação surge com os telômeros, que diminuem um pouco cada vez que a célula se divide. A depleção, ou melhor, o encurtamento do DNA do telômero proíbe futuras divisões celulares.1
  • Apoptose: Foi sugerido que o envelhecimento é principalmente associado à desregulação da apoptose.1


Fatores extrínsecos: o que sabemos hoje

Como funcionam
Os mecanismos pelos quais os diferentes fatores ambientais podem contribuir para um envelhecimento extrínseco/prematuro da pele levam principalmente a dois processos, que destroem a matriz de colágeno da pele:

  • diminuição na síntese do colágeno,
  • aumento na degradação do colágeno,

levando à aparência característica da pele envelhecida extrinsecamente.

Todos esses mecanismos também estão envolvidos no processo de envelhecimento intrínseco da pele, mas são potencializados pela exposição ambiental.6

Radiação solar

É o fator ambiental mais importante que leva ao envelhecimento extrínseco da pele. Seu efeito degenerativo na aparência facial já foi reconhecido no final do século XIX, através da comparação da pele de marinheiros e de fazendeiros com a pele dos trabalhadores de ambientes fechados.6
Estima-se que os efeitos da luz solar são os responsáveis por até 90% do envelhecimento visível da pele, particularmente naquelas sem proteção natural, associado aos níveis mais altos de melanócitos na pele.4
A radiação solar é responsável pela maioria das alterações relacionadas à idade, incluindo as rugas finas, a aspereza, a hiperpigmentação, os vasos sanguíneos dilatados e a perda do tom da pele.9
O chamado fotoenvelhecimento é a superposição desse dano solar no processo de envelhecimento normal.4

Radiação UV:A radiação UV afeta os queratinócitos epidérmicos e os fibroblastos dérmicos.8
O indicador histológico do fotoenvelhecimento por UV é a elastose dérmica, que consiste em estruturas de elastina engrossadas, entrelaçadas e, por fim, amorfas. A magnitude da acumulação progressiva das fibras elásticas depende do grau de exposição solar.7
Ela aumenta os peróxidos de hidrogênio e outras EROs.
E diminui as enzimas antioxidantes
Além disto, a radiação acelera muitos aspectos fundamentais do processo de envelhecimento cronológico da pele humana.1

Apesar de o efeito primário dos danos por UV ser o espessamento da pele, danos mais visíveis têm como maior resultado, o afinamento da pele. A exposição ao UV cria um estado de inflamação crônica, com uma contínua liberação de enzimas proteolíticas por células inflamatórias, destruindo a matriz dérmica. Observou-se que pele irradiada teve sua capacidade de resposta inflamatória diminuída. A luz UV também reduziu a quantidade de células de Langerhans epidérmicas, ao mesmo tempo em que induziu a proliferação de células T supressoras, facilitando a indução de tumores. Adicionalmente, a vitamina A é destruída pela exposição solar, apesar de a concentração de plasma do retinol aumentar com a idade dentro da epiderme.4

Luz visível e radiação IR:Pensava-se que elas causavam um impacto mínimo na pele, para além da sensação de calor causada pela radiação IR, mas agora sabe-se que a luz visível (400-740 nm) e a IR induzem a degradação da matriz dérmica, modificam a composição lipídica do estrato córneo e modulam a pigmentação da pele.



Tabagismo


Em 1971, foram encontradas relações contundente entre o tabagismo e rugas.6

O tabagismo acelera os sinais do envelhecimento da pele, aumentando a indesejável aparência de "cara de velho", diminui a força cutânea e debilita a cicatrização de feridas e a regeneração do tecido conjuntivo, além de desacelerar a regeneração epidérmica.2

A relação entre o tabagismo e o envelhecimento da pele parece ser mediada por meio de uma expressão mais alta do mRNA MMP-1 e MMP-3, mas não de seus inibidores específicos, e também há uma diminuição dos colágenos I e III. O tabagismo parece também estar associado ao aumento da elastose independentemente do sexo, indicando percursos moleculares que vão além da indução da expressão MMP-1.6

Clinicamente, a pele danificada pelo tabagismo tem uma aparência acinzentada e desgastada.1

O tabagismo causa danos à pele: primeiramente pela diminuição do fluxo sanguíneo capilar na pele, o que, por sua vez, causa uma privação de oxigênio e de nutrientes nos tecidos cutâneos.

Foi demonstrado que os fumantes têm menos fibras de colágeno e elastina na derme, o que faz com que a pele se torne flácida, endurecida e menos elástica. Fumar causa danos no colágeno e na elastina do tecido pulmonar, e também pode causar o mesmo na pele. Adicionalmente, a constrição da vasculatura por nicotina pode contribuir para o aparecimento de rugas. Fumar aumenta a displasia dos queratinócitos e a aspereza da pele. Foi demonstrada uma relação clara entre a dose e a resposta para as rugas e o tabagismo, com o tabagismo sendo um contribuinte ainda maior que o sol para as rugas faciais.4

Fumar também aumenta a formação de radicais livres e é um importante fator de risco de carcinoma de células escamosas cutâneas.4

Nota: o tabagismo é um fator de risco independente para rugas prematuras mesmo quando a idade, a exposição solar e a pigmentação estão controladas. Foi mostrado que as pontuações de rugas são três vezes maiores em fumantes do que em não fumantes, com um aumento significativo no risco de rugas após os 10 maços ano (maços ano são calculados multiplicando o número de maços de cigarros fumados por dia pelo número de anos que a pessoa fumou).4,6

Poluição

A poluição do ar representa outra ameaça ambiental a que milhões de humanos estão expostos em todo o mundo.6

A exposição a poluentes, gases de exaustão e ozônio derivado de fumaça e neblina foi associada ao envelhecimento precoce da pele e ao aumento dos riscos de câncer.5

Esses fatores compartilham um mecanismo comum envolvendo o receptor de aril hidrocarboneto (AhR), um fator de transcrição, ativado por um ligante, encontrado em queratinócitos, fibroblastos, melanócitos e células de Langerhans.5,6

Mecanismos de envelhecimento da pele

Ativação de AhR por UVB e fatores xenobióticos na pele. A ativação do aril hidrocarboneto (AhR) por luz e xenobióticos resulta na translocação para o núcleo da célula, onde é regulada a expressão de vários genes envolvidos na melanogênese, inflamação da pele, imunossupressão, envelhecimento da pele e carcinogênese.

Foi estabelecida uma relação direta entre a exposição ao material particulado (PM) do ar e a ocorrência de sinais proeminentes de envelhecimento da pele, especialmente manchas pigmentadas, mas também rugas.6



Fatores de estilo de vida

Estudos epidemiológicos evidenciaram a influência de fatores de estilo de vida no envelhecimento da pele.5

  • Dieta
    Alimentos não saudáveis estão associadas a todos os tipos de problemas de pele, incluindo sinais de envelhecimento. Por outro lado, uma dieta saudável e rica em antioxidantes pode atrasar os efeitos do envelhecimento cronológico.5
  • Sono
    Ter hábitos de sono regulares tende a estar associado a uma pele de aparência mais saudável e mais jovem.5
  • Exercícios
    Exercitar-se é benéfico para a pele, pois estimula a circulação sanguínea, ajudando a eliminar resíduos metabólicos e a oxigenar os tecidos da pele.5
  • Tratamentos médicos
    O consumo de medicamentos apresenta riscos adicionais para a pele, pois alguns podem aumentar sua fotossensibilidade e, desta forma, diminuir o tempo que a mesma demora para bronzear-se.5 Alguns medicamentos afetam também a pele, particularmente os fármacos hipocolesterolêmicos, que podem induzir um aumento anormal da descamação.4
  • Condições ambientais
    A pele é afetada pela temperatura e pela umidade. Um aumento na temperatura da pele de 7 a 8 °C dobra a perda de água transepidérmica (TEWL). Baixas temperaturas enrijecem a pele e diminuem a TEWL mesmo que haja muita umidade no ar, pois as proteínas estruturais e os lipídios na pele são altamente dependentes da temperatura para sua conformação adequada.4

Envelhecimento da pele do ponto de vista clínico

Estudos epidemiológicos evidenciaram a influência de fatores de estilo de vida no envelhecimento da pele.5

Os sinais de envelhecimento intrínseco da pele raramente se manifestam antes da idade de 70 anos; a pele se torna pálida e seca, e é caracterizada por rugas finas.

No entanto, em áreas que foram expostas ao UV solar crônico, a aparência clínica é surpreendentemente diferente; estas parecem pálidas e ásperas e frequentemente apresentam lesões hipo e hiperpigmentadas (manchas senis).

A pele extrinsecamente envelhecida também apresenta rugas profundas com flacidez aumentada, especialmente nas áreas com mudanças dinâmicas devido às expressões faciais, como os "pés de galinha" periorbitais.2

O envelhecimento da pele é caracterizado por:3,8

  • Um nivelamento da junção derme-epiderme.
  • Uma atrofia vincada e uma perda de elasticidade do tecido conjuntivo dérmico.
  • Uma redução e desorganização de seus principais componentes da matriz extracelular, como o colágeno e outras fibras elásticas, proteoglicanos e glicosaminoglicanos.
  • O processamento lipídico diminui com o avançar da idade.
  • As enzimas necessárias para a produção de ceramidas críticas para a função da barreira epidérmica saudável diminuem nos idosos.
  • A CD44 epidérmica, a glicoproteína transmembrana do queratinócito que se acredita desempenhar funções regulatórias na proliferação do queratinócito e na manutenção da homeostase local do ácido hialurônico, diminui com o avançar da idade e talvez contribua para o afinamento epidérmico e para a redução das propriedades viscoelásticas.

Tais alterações epidérmicas aumentam a susceptibilidade de uma vasta gama de problemas de pele: colonização por bactérias patogênicas, redução da coesão e hidratação do estrato córneo, que levam à pele ressecada e prurido e que são condições altamente predominantes em indivíduos mais velhos, causando um impacto substancialmente negativo na qualidade de vida.2

O envelhecimento intrínseco geneticamente programado causa alterações estruturais e funcionais em todas as camadas da pele.

Na epiderme:

  • Uma diminuição progressiva na taxa de renovação das células epidérmicas causa um afinamento da epiderme, dando à pele envelhecida uma aparência translúcida. Uma renovação epidérmica diminuída também afeta de forma adversa a função da barreira da pele, a reparação celular.3,9
  • Os corneócitos tendem a se aglomerar na superfície, dando aspecto e textura áspero e escamoso.9
  • O decréscimo de melanócitos e da atividade funcional dos melanócitos remanescentes resulta em alterações discrômicas, como pigmentação manchada, sardas e lentigos. Como a pele está mais fina e tem menos melanócitos, ela está mais susceptível a queimaduras de sol.9

O envelhecimento também afeta as células de Langerhans, com uma diminuição de quase 50% durante a idade adulta avançada, comprometendo o sistema imunológico da pele e levando a um maior risco de câncer de pele.9

Histologicamente, uma das alterações mais visíveis no envelhecimento intrínseco é o nivelamento da junção derme-epiderme, que aumenta a fragilidade da pele e diminui a transferência de nutrientes entre as duas camadas.3,9

Na derme:

  • O número de fibroblastos, assim como a síntese de fibroblastos, colágeno e elastina, diminuem, resultando no enrugamento da pele e na perda de elasticidade.3,9
  • Uma considerável perda de vascularização da pele reduz o fornecimento de sangue e contribui para a atrofia da pele e de seus apêndices.3,9
  • A perda de glândulas sebáceas torna a pele seca devido à redução da produção de sebo.3,9
  • Mais ainda, o envelhecimento intrínseco causa uma diminuição no tecido adiposo subdérmico. Essa perda de suporte contribui para o enrugamento e para a flacidez da pele. Com menos preenchimento, a pele está mais susceptível ao trauma e à contusão. A diminuição do isolamento também afeta a capacidade do corpo de conservar o calor.9


Envelhecimento da pele: a etnia desempenha seu papel

O processo de envelhecimento intrínseco da pele ocorre de forma mais ou menos similar em diferentes populações; já o processo de envelhecimento extrínseco da pele se manifesta de maneira diferente entre populações no que diz respeito ao tempo de desenvolvimento e aos sinais visíveis de envelhecimento da pele. Por exemplo, os caucasianos têm um aparecimento mais precoce e maior de rugas na pele do que outras populações, enquanto que problemas de pigmentação são mais visíveis em asiáticos e afro-americanos.6

Tomando como base o indivíduo, a taxa de envelhecimento extrínseco da pele depende do padrão de exposição do mesmo aos diferentes fatores ambientais e também da sua genética. Alguns indivíduos podem ser mais suscetíveis do que outros em relação aos danos à pele causados por exposições ambientais.6

Um dos principais fatores da manifestação do envelhecimento da pele relativo à etnia é o tipo de pele determinado geneticamente, pois há uma variação genética na quantidade e na composição de melanina.

Também foi documentado que as rugas ocorrem mais tardiamente e com menor expressividade em asiáticos que em caucasianos, apesar de as razões para tal não terem sido exploradas.4

Outras razões ao envelhecimento da pele específico à etnia podem residir em variações genéticas e hábitos de vida (exposição a fatores ambientais).6

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