Quem pode estar preocupado com uma pele sensível?

  • 15min
  • Mai. 2022
  • Desenvolvido por
  • La Roche-Posay

Pessoas com pele sensível, relatam sintomas após a exposição a certos produtos ou condições ambientais que podem incluir efeitos visuais objetivos, tais como:

  • Vermelhidão
  • Ressecamento
  • Pápulas
  • Efeitos sensoriais subjetivos, como queimação, prurido ou ardência

Métodos foram desenvolvidos para avaliar os efeitos objetivos, incluindo medições de perda de água transepidérmica, hidratação do estrato córneo, vermelhidão, fluxo sanguíneo e pH da superfície.1 Entretanto, os efeitos subjetivos são mais difíceis de quantificar e foram menos estudados.2

Os pacientes com pele sensível dependem de diagnósticos e de paciência, pois é desafiador identificar os fatores etiológicos responsáveis pelos sintomas baseando-se apenas nas características morfológicas e sinais cutâneos objetivos.

Assim, a pele sensível varia não somente nos sinais e sintomas sentidos, mas também no grau de sensibilidade em diferentes partes do corpo.

E mais ainda, as características e reclamações, que são muito similares entre esses indivíduos, não necessariamente refletem a gravidade dos sintomas clínicos.

Como resultado, o manejo de tais pacientes pode ser um desafio para os dermatologistas.3



Qual é a prevalência da pele sensível?


Em um estudo epidemiológico francês, 61% das mulheres e 32% dos homens relataram ter pele facial sensível.3

Em uma estudo mais recente, publicado em 2009, apresentou uma abordagem epidemiológica sobre peles sensíveis, 68,4% da população total disse ter pele sensível em algum grau2.

  • 77,3%: pele sensível na face
  • 60,7%: pele sensível no corpo
  • 56,2%: pele sensível na área genital

Foi demonstrado que as mulheres relatam mais do que os homens ter pele sensível.

Em países desenvolvidos, de 40 a 70% da população de mulheres relataram ter pele sensível.3

A percepção de pele sensível em geral não depende do gênero, mas foi encontrada uma relação significativa entre o gênero e a pele sensível da área genital.

Uma percentagem significativamente maior de mulheres sente sua pele genital mais sensível em algum grau que homens (58,1% para todas as mulheres e 44,2% para todos os homens).2

Entre os fatores determinantes conhecidos por desempenhar um papel na expressão da sensibilidade da pele, predisposições genéticas individuais e as características fisiológicas relacionadas ao sexo podem, pelo menos em parte, contribuir para esta diferença.

Nos últimos anos, vários produtos têm sido comercializados para a pele sensível, tanto para homens quanto para mulheres. Pode ser que essa atenção tenha tornado mais aceitável que homens reclamem que sua pele é sensível.2



O que saber sobre a idade e as diferenças étnicas?


Não há uma tendência clara entre o envelhecimento e a pele facial sensível, e nem entre a pele sensível em geral ou a pele corporal sensível. A percepção de pele sensível em geral, em áreas específicas do corpo e na face não depende da idade. Entretanto, na região genital, pessoas mais velhas são mais propensas a reclamar de sensibilidade.2

Essa descoberta está, provavelmente, ligada ao comportamento relacionado à idade e à tendência de evitar condições ambientais e contato com certas substâncias sempre que reações de pele tenham sido anteriormente observada.

De acordo com Guinot3, as reações de pele sensível são relatadas em frequência significativamente menor entre os indivíduos mais velhos de ambos os sexos.

Mais ainda, foram documentadas significativas diminuições no desempenho das propriedades sensoriais da pele como parte do envelhecimento cronológico.6

O que deve ser feito na consulta médica?

Pesquisas epidemiológicas demonstram uma alta prevalência de pele sensível auto-relatada. Apesar de, inicialmente, acreditar-se que era uma reação anormal a produtos comuns, evidenciada apenas em um pequeno subgrupo de consumidores.

Adicionalmente, a predominância relatada de sensibilidade da pele autopercebida aumentou continuamente ao longo do tempo, particularmente entre homens.

A maioria das mulheres nos Estados Unidos, Europa e Japão acredita ter pele sensível.

Aproximadamente 70% da população considera possuir características de uma pele sensível, e 50% desses pacientes com pele sensível relatam sintomas de desconforto sem o confirmação visual de sinais de inflamação.7

Estudos epidemiológicos foram realizados para avaliar se há uma correlação entre sexo, idade, o tipo de pele ou raça. A avaliação não invasiva da pele sensível pode prever com sucesso a susceptibilidade a reações adversas relacionadas a cosméticos.

Acredita-se que exista uma predisposição biológica para uma maior sensibilidade, uma vez que a espessura da epiderme foi observada como sendo maior em homens que em mulheres, e também foram mostradas diferenças hormonais que talvez produzam uma sensibilidade inflamatória em mulheres.

A avaliação não invasiva da pele sensível pode prever com sucesso a susceptibilidade a reações adversas relacionadas a cosméticos.

Todos os esforços nessa direção parecem ser importantes para melhorar a tolerância da maioria dos produtos cosméticos.7

A pele sensível tem sido historicamente auto-relatada mais vezes por mulheres que homens.3

Bibliografia

  1. Breternitz M, Fluhr JW, Berardesce S. Technical bases of biophysical instruments used in sensitive skin testing. In: Sensitive Skin Syndrome (Berardesca E, Fluhr JW, Maibach HI, eds). New York: Taylor & Francis, 2006: 75–106.
  2. Farage MA: How do perceptions of sensitive skin differ at different anatomical sites? An epidemiological study. Clin Exp Dermatol 2009; 34:e521–e530.
  3. Guinot C, Malvy D, Mauger E, Ezzedine K, Latreille J, Ambroisine L, et al: Self-reported skin sensitivity in a general adult population in France: data of the SU.VI.MAX cohort. J Eur Acad Dermatol Venereol 2006; 20: 380–390.
  4. Willis CM, De Shaw S, Lacharriere O et al. Sensitive skin: an epidemiological study. Br J Dermatol 2001; 145: 258–63.
  5. Jourdain R, Lacharriere O, Bastien P, Maibach HI. Ethnic variations in self-perceived sensitive skin: epidemiological survey. Contact Dermatitis 2002; 46: 162–9.
  6. Kelly RI, Pearse R, Bull RH et al. The effects of aging on the cutaneous microvasculature. J Am Acad Dermatol 1995; 33: 749–756.
  7. Berardesca E, Farage M, Maibach H.Sensitive skin: an overview.Int J Cosmet Sci. 2013 Feb;35(1):2-8.
  8. Inamadar AC, Palit A. Sensitive skin: an overview. Indian J Dermatol Venereol Leprol. 2013 Jan-Feb;79(1):9-16