Pessoas com pele sensível, relatam sintomas após a exposição a certos produtos ou condições ambientais que podem incluir efeitos visuais objetivos, tais como:
- Vermelhidão
- Ressecamento
- Pápulas
- Efeitos sensoriais subjetivos, como queimação, prurido ou ardência
Métodos foram desenvolvidos para avaliar os efeitos objetivos, incluindo medições de perda de água transepidérmica, hidratação do estrato córneo, vermelhidão, fluxo sanguíneo e pH da superfície.1 Entretanto, os efeitos subjetivos são mais difíceis de quantificar e foram menos estudados.2
Os pacientes com pele sensível dependem de diagnósticos e de paciência, pois é desafiador identificar os fatores etiológicos responsáveis pelos sintomas baseando-se apenas nas características morfológicas e sinais cutâneos objetivos.
Assim, a pele sensível varia não somente nos sinais e sintomas sentidos, mas também no grau de sensibilidade em diferentes partes do corpo.
E mais ainda, as características e reclamações, que são muito similares entre esses indivíduos, não necessariamente refletem a gravidade dos sintomas clínicos.
Como resultado, o manejo de tais pacientes pode ser um desafio para os dermatologistas.3
Qual é a prevalência da pele sensível?
Em um estudo epidemiológico francês, 61% das mulheres e 32% dos homens relataram ter pele facial sensível.3
Em uma estudo mais recente, publicado em 2009, apresentou uma abordagem epidemiológica sobre peles sensíveis, 68,4% da população total disse ter pele sensível em algum grau2.
- 77,3%: pele sensível na face
- 60,7%: pele sensível no corpo
- 56,2%: pele sensível na área genital
Foi demonstrado que as mulheres relatam mais do que os homens ter pele sensível.
Em países desenvolvidos, de 40 a 70% da população de mulheres relataram ter pele sensível.3
A percepção de pele sensível em geral não depende do gênero, mas foi encontrada uma relação significativa entre o gênero e a pele sensível da área genital.
Uma percentagem significativamente maior de mulheres sente sua pele genital mais sensível em algum grau que homens (58,1% para todas as mulheres e 44,2% para todos os homens).2
Entre os fatores determinantes conhecidos por desempenhar um papel na expressão da sensibilidade da pele, predisposições genéticas individuais e as características fisiológicas relacionadas ao sexo podem, pelo menos em parte, contribuir para esta diferença.
Nos últimos anos, vários produtos têm sido comercializados para a pele sensível, tanto para homens quanto para mulheres. Pode ser que essa atenção tenha tornado mais aceitável que homens reclamem que sua pele é sensível.2
O que saber sobre a idade e as diferenças étnicas?
Não há uma tendência clara entre o envelhecimento e a pele facial sensível, e nem entre a pele sensível em geral ou a pele corporal sensível. A percepção de pele sensível em geral, em áreas específicas do corpo e na face não depende da idade. Entretanto, na região genital, pessoas mais velhas são mais propensas a reclamar de sensibilidade.2
Essa descoberta está, provavelmente, ligada ao comportamento relacionado à idade e à tendência de evitar condições ambientais e contato com certas substâncias sempre que reações de pele tenham sido anteriormente observada.
De acordo com Guinot3, as reações de pele sensível são relatadas em frequência significativamente menor entre os indivíduos mais velhos de ambos os sexos.
Mais ainda, foram documentadas significativas diminuições no desempenho das propriedades sensoriais da pele como parte do envelhecimento cronológico.6